Trilhos em movimento: ferrovias como eixo do desenvolvimento nacional

O cenário ferroviário brasileiro vive um momento de debates, investimentos e retomadas importantes.
De linhas históricas que seguem operando há mais de um século a novos projetos de integração regional e concessões estratégicas, o setor volta a ganhar protagonismo no desenvolvimento nacional.

A Ferrofrente acompanha de perto essas iniciativas e destaca, neste boletim, quatro notícias que mostram a relevância dos trilhos para o futuro da logística e da mobilidade no país.

Ferrovia mais velha de São Paulo continua funcionando

São Paulo Railway – a ferrovia mais antiga de SP entra no século XXI ainda em operação

Inaugurada em 1867, a São Paulo Railway foi a primeira ferrovia do estado de São Paulo, tendo o papel essencial de ligar o interior paulista ao porto de Santos para o escoamento do café — o principal produto da economia brasileira na época.

Com 139 km de extensão, ela se tornou um trecho intensamente trafegado de cargas, e mais de 150 anos depois segue ativa e considerada uma importante estrutura logística nacional.

Nos últimos anos, cerca de R$ 445 milhões foram investidos em modernizações, incluindo locomotivas mais potentes (Stadler com 5.000 kW), que trazem cerca de 60 % mais eficiência energética. Também desde o século XIX segue em operação o sistema de cremalheira para vencer inclinações da Serra do Mar.

Além do valor logístico, a ferrovia carrega forte legado histórico-cultural: cidades se formaram ao redor de suas estações, e houve restaurações simbólicas como a da Torre do Relógio da estação de Paranapiacaba.

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Ministério dos Transportes quer conceder corredor Leste-Oeste com FIOL 1

Projeto de concessão para o corredor ferroviário Leste-Oeste incluiria a FIOL 1

O Ministério dos Transportes do Brasil planeja licitar todo o corredor ferroviário Leste-Oeste em uma única concessão, incluindo a FIOL 1 (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), hoje sob administração da empresa Bamin, que também gerencia o projeto do Porto Sul, em Ilhéus (BA).

O traçado desse corredor contempla estados como Bahia, Goiás e Mato Grosso, e prevê que, quando totalmente operacional, permita transportar mais de 50 milhões de toneladas de grãos, além de minério e outras cargas.

O investimento estimado para toda extensão do corredor gira em torno de R$ 60 bilhões, entre obras, equipamentos e integração portuária.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério, George Santoro, a modelagem será entregue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até dezembro e o edital pode sair no primeiro semestre de 2026.

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Nova linha de trem vai ligar todas as capitais do Nordeste

Governo federal estuda rede de trens de passageiros para conectar capitais nordestinas

Um novo projeto do governo federal, em parceria com a Infra S.A., está em fase de estudos para revitalizar a malha ferroviária do Nordeste e implantar uma rede de trens de passageiros que ligue todas as capitais da região.

A primeira etapa mencionada é uma linha de aproximadamente 110 km entre Recife (PE) e João Pessoa (PB), prevista para começar desenvolvimento a partir de 2026.

Entre os objetivos estão a mobilidade sustentável — reutilizando trilhos desativados desde os anos 90 — e a diminuição da dependência de rodovias na região, além de integração com sistemas urbanos como metrô e VLT.

Economicamente, o projeto gera impacto ao promover empregos, movimentar o comércio local e fomentar o turismo regional.

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Audiência pública em Corumbá vai debater reativação da Malha Oeste

Corumbá recebe debate público sobre a reativação da Malha Oeste ferroviária

A Câmara Municipal de Corumbá (MS) realizará, no dia 21 de outubro de 2025, uma audiência pública com o tema “MS de novo nos trilhos”, para abordar a reativação da ferrovia Malha Oeste, trecho que liga Mairinque/Bauru (SP) a Corumbá (MS) em cerca de 1.973 km.

A ferrovia está em relicitação, já que o contrato vigente com a empresa Rumo Logística termina em 2026. A audiência permitirá ouvir autoridades, sociedade civil, setor produtivo e trabalhadores ferroviários sobre os impactos, modelos de operação, concessão e geração de empregos.

A região é estratégica para a logística de escoamento de minérios, grãos e combustíveis, inclusive com interface para a fronteira com a Bolívia, o que torna a recuperação da infraestrutura ferroviária um tema de grande importância para o desenvolvimento regional.
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