A Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias (FerroFrente) é uma entidade sem fins lucrativos. Fundada em 2014, tem como objetivo defender a volta dos trens de passageiros e a ampliação da malha ferroviária para o transporte de cargas no Brasil.
Resultado de décadas de estudo e de pesquisa, a associação tem se empenhado em chamar a atenção da sociedade para esse importante tema.
A volta das ferrovias traz benefícios econômicos, ambientais e sociais. No tocante à economia, além de aumentar a competitividade do Brasil no mercado externo diminui o preço dos alimentos tornando-os mais acessíveis à população.
Deve se considerar ainda que quanto mais transporte sobre trilhos, menos carros particulares e menos caminhões nas estradas, o que resulta em redução de acidentes e de prejuízos ao governo e às famílias.
Do ponto de vista ambiental, diversos estudos mostram que o trem é menos poluente que o carro, o ônibus ou o caminhão. No aspecto social, menos tempo em congestionamentos nas ruas e estradas se traduz em menos riscos de acidentes e mais tempo livre para os cidadãos.
O nome FerroFrente representa a ideia de uma frente ferroviária. Essa frente hoje reúne entidades e profissionais do setor, além de voluntários que abraçaram a causa e estão espalhados pelo Brasil inteiro porque sabem da urgência de trazermos de volta os trens para o país.
A FerroFrente tem como valor principal a democracia e, portanto, o interesse público. Acreditamos na necessidade de absoluta transparência na gestão e formulação das políticas públicas para o setor ferroviário. A entidade apoia totalmente o combate à corrupção em todos os níveis.
A história da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente) se confunde com a história de vida de seu presidente José Manoel Ferreira Gonçalves.
Como engenheiro, jornalista e ambientalista participou de diversos eventos sobre meio ambiente e mudanças climáticas mundiais onde percebeu que o trem, além de uma paixão de infância, era uma alternativa para diminuir os impactos ambientais e uma solução digna para o transporte de passageiros.
Foi durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009, a COP-15, que José Manoel percebeu que não apenas o Brasil, mas o mundo precisava mudar a matriz de transportes. Era preciso transportar menos em cima de pneus e mais em cima de trilhos.
A partir desse momento organizou um grupo de pessoas interessadas na causa, que começou com dez pessoas e cresceu. O grupo chegou à conclusão de que o sistema metroferroviário no Brasil estava em processo de destruição e que era preciso criar uma entidade que fosse independente, sem vínculos políticos e comercias e que agisse com total transparência na luta pela expansão e melhoria dos transportes nos trilhos.
Assim, em 2014 nascia a FerroFrente, entidade sem fins lucrativos e que luta por uma bandeira de interesse nacional: a volta dos trens como meio de transporte de longa distância de passageiros, cruzando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. Atualmente são cerca de 50 entidades parceiras espalhadas pelo Brasil.
Desde a sua concepção, a organização trabalha pela conscientização da sociedade civil a respeito da importância do transporte nos trilhos para o país e para a vida de cada cidadão.
Esse trabalho é realizado por meio de palestras, eventos, publicações literárias, divulgação de informações junto à imprensa e também nas redes sociais.
A Ferrofrente ainda se articula com parceiros para formular propostas de políticas públicas, inclusive com a proposição de Projetos de Lei, atividades de pesquisa e desenvolvimento no setor de mobilidade urbana. Por isso, nesses anos de atuação, a entidade reuniu um relevante acervo que está à serviço da sociedade.
A organização também ajuda a fiscalizar o poder público e privado, apresentando denúncias junto ao Ministério Público, bem como, pedidos de abertura de investigações e de inquéritos civis contra aqueles que, de alguma maneira, praticam irregularidades e prejudicam a retomada das ferrovias no país.
É na conscientização sobre a importância de se adotar uma política de mobilidade urbana baseada em um meio de transporte sustentável e contra o atual estado de abandono dos trilhos que se concentram os esforços da FerroFrente.
O desafio é grande, mas a força da entidade vem do encorajamento do grupo crescente de voluntários e simpatizantes da causa, dando a certeza de que a organização está no caminho certo.