Descendente de portugueses, o professor José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da FerroFrente, nasceu no tradicional bairro do Brás, na capital paulista, em 1955. Filho de um engenheiro civil e de uma professora, o menino gostava de brincar nas ruas próximas ao comércio de tecidos do avô, no mesmo bairro.
O garoto viu a família sofrer com o atropelamento de um amigo por um bonde. Aos olhos de uma criança, naquele momento, o trem ganhou ares de perigo.
Algum tempo depois, se mudou para Santana, na região norte da cidade, próximo ao famoso Jaçanã, imortalizado na canção de Adoniram Barbosa. A imagem negativa causada pelo acidente com o bonde foi substituída pela poesia do Trem das Onze. O susto virou curiosidade e José Manoel começou a se interessar pelo tema ferrovia.
Atendendo a um desejo da família, ele foi estudar engenharia civil em uma tradicional universidade paulista. Idealista e apaixonado por política, principalmente em defesa dos mais pobres, ficou dividido entre Engenharia Civil e Jornalismo, até conseguir se formar nas duas áreas. Fez mestrado e doutorado na área de engenharia. Ainda se formou em Direito e Ciência Política e fez mestrado em Engenharia Oceânica e uma especialização em Termofluidomecânica. Concluiu em 2022 seu pós-doutorado em sustentabilidade e transportes pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT)
Trabalhou durante anos como diretor de uma construtora. Também foi consultor e repórter especial em meio ambiente na Rádio Jovem Pan, onde tinha um programa chamado SOS Planeta. Mais tarde, criou um site especializado no tema com o mesmo nome.
Participou de três edições da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, respectivamente na Dinamarca, Paris e México.
Foi conselheiro do Instituto de Engenharia por dois mandatos, conselheiro do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) e vice-presidente da Federação das Associações de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo. Em 2020 concorreu à presidência do Crea-SP, sua experiência durante o pleito foi registrada em seu livro ENGENHARIA EM CHAMAS: Encruzilhada Histórica no CREA-SP.
É, também, autor dos livros Ferrovias, Ferrovia Essencial, Um Brasil Sobre Trilhos, O Brasil nos Trilhos, Madeira-Mamoré: História das Ferrovias do Brasil, O Trem do meu destino e Despoluindo Sobre Trilhos, totalmente dedicado a questão ambiental e que ganhou uma versão em inglês: Despolutting on the tracks of Brasil. É também presidente da AGUAVIVA – Associação Guarujá Viva. Diretor do Departamento de Relações Jurídicas e Legislação da FNE, Federação Nacional dos Engenheiros (2022-2025), membro do conselho consultivo do EngPD, Engenharia pela Democracia.