Ferrofrente e a Luta pela Conclusão da Linha 17-Ouro

O vídeo recente do canal iTechdrones sobre as obras da Linha 17-Ouro do Monotrilho é um marco visual das construções que, após mais de uma década de desafios, estão em fase final. Com imagens detalhadas e inéditas, o vídeo oferece uma visão única de uma obra que, até hoje, carrega o peso de anos de atrasos e paralisações. Uma das maiores batalhas, nesse processo, foi travada pela Ferrofrente – entidade que, por meio de ação judicial, lutou para que as obras não fossem paralisadas, assegurando que o monotrilho seguisse em frente.

A Linha 17-Ouro, que inicialmente deveria ter sido entregue em 2014, passou por um longo período de abandono. Ao longo de gestões estaduais consecutivas – de Geraldo Alckmin a João Doria e Rodrigo Garcia – a obra ficou estagnada, deixando São Paulo sem uma das promessas mais importantes para o transporte público da cidade.

A Ferrofrente, ciente da importância do projeto, não se contentou com a inércia do governo e entrou com ações judiciais para garantir a continuidade das obras. Essas intervenções foram cruciais, pois o governo estadual, durante anos, não conseguiu manter o ritmo das construções. A ação da Ferrofrente foi um dos fatores que impediram que o projeto fosse completamente engavetado.

Em março de 2016 a Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente) ingressou na Justiça com um pedido de produção antecipada de provas, visando uma ação civil pública, pedindo para esclarecer o que chama de “abandono das obras da Linha 17-Ouro do monotrilho”. Entre janeiro e fevereiro do mesmo ano, o Metrô rescindiu contratos com os consórcios responsáveis, alegando que houve abandono da obra.

Relembre o processo https://ferrofrente.org/finalmente-metro-rompe-contrato-e-multa-consorcio-da-linha-17-ouro-de-monotrilho/

Embora as promessas de entrega para 2014 tenham se tornado um símbolo de fracasso, o atual governo de Tarcísio de Freitas promete retomar a conclusão da linha, com entrega esperada para 2026. No entanto, os dados indicam que a linha, que já consumiu R$ 3,2 bilhões até o momento, ainda apresenta uma série de desafios. A obra, que já passou por várias mudanças no projeto original, como a redução da extensão de 18 km para 8,3 km, ainda enfrenta questões estruturais e ambientais, como o abandono de áreas ao longo do trajeto, onde o mato toma conta e a população se refugia nas construções inacabadas.

O vídeo de iTechdrones, que mostra sete das oito estações da Linha 17-Ouro, é um lembrete do quão longe chegamos, apesar dos desafios. A luta da Ferrofrente, a perseverança de várias entidades e a continuidade das obras, mesmo com tantos anos de atraso, são fundamentais para a esperança de que, finalmente, essa obra será concluída e, em 2026, a população paulista terá um novo meio de transporte moderno e eficiente.

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