No Canadá, a implementação de passarelas verdes sobre rodovias tem se mostrado eficaz na redução de atropelamentos de animais selvagens. Estudos indicam que essas estruturas diminuíram em mais de 80% as colisões com fauna, e em mais de 96% nos casos de cervos e alces Parques Canadá+1.
Essas passarelas, também conhecidas como ecodutos ou pontes verdes, são projetadas para permitir que animais como ursos, lobos, linces e cervos atravessem rodovias com segurança, conectando habitats fragmentados. O projeto mais emblemático ocorre no Parque Nacional Banff, em Alberta, onde passarelas e passagens subterrâneas foram combinadas com cercas direcionadoras para criar um sistema de mobilidade segura para a fauna Parques Canadá.
Além de proteger a biodiversidade, essas estruturas também trazem benefícios econômicos. Estima-se que a redução de atropelamentos tenha evitado prejuízos anuais de cerca de 144 milhões de dólares canadenses, relacionados a danos materiais, custos de emergência e perda de produtividade VEJA.
Esse modelo tem inspirado outras regiões do mundo a adotar soluções semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, estão sendo construídas passagens para permitir a travessia segura de lobos vermelhos ameaçados de extinção na Carolina do Norte AP News.
Para o Brasil, especialmente em estados como São Paulo, com áreas de vegetação nativa e rodovias que cortam corredores ecológicos, a adoção de passarelas verdes poderia ser uma estratégia eficaz para reduzir atropelamentos de fauna e promover a conectividade ambiental.
A experiência canadense serve como um exemplo de como a infraestrutura pode ser planejada para coexistir com a natureza, promovendo a segurança viária e a conservação da biodiversidade.
Iniciativas de passagens para fauna ganham destaque nos EUA